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ARTIGO

Admoestando a Lusofonia

ROSILDO BARCELLOS

Um artigo serve para exteriorizar pensamentos. O que escrevo está sempre fora de mim ao mesmo tempo em que me liberta ante ao manuseio da verdadeira forma de expressão. Por fim permite-me relacionar o que já sabemos (pois está escrito) com o que queremos saber (que ainda é questão). Desta feita,adentro na questão da lusofonia, que aliás, é o conjunto de identidades culturais existentes em países, falantes da nossa língua portuguesa podendo citar principalmente Angola, Brasil, Cabo Verde,Guiné Bissau, Macau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe além do Timor Leste. Evidentemente qualquer alteração que se faça traz em seu bojo reações. Sempre haverá os que aplaudem e os que reprovam, e a razão é extremamente simplória: a reestruturação de qualquer coisa sempre implicará em mudança de atitudes e de comportamentos das pessoas envolvidas ou afetadas nesse processo. Com a reforma ortográfica idem.
 
A Língua, indubitavelmente, é um patrimônio. É por meio dela que desenvolvemos nosso sentimento de pertencimento a um grupo. Falar, escutar, ler, escrever reafirma, a cada vez, nossa condição humana, de pessoa com envolvimento histórico. Além disso, a língua realça valores; mobiliza crenças; institui e reforça poderes.Entrementes,exatamente no momento em que o Brasil se projeta  mundialmente com uma sequência de eventos importantes e particularmente no continente africano em função de investimentos em obras e parcerias comerciais,acredito ser de crucial importância sob o ponto de vista estratégico a alusão a iniciativas como o Acordo ortográfico da Língua Portuguesa.Vislumbro ainda que muito mais do que unificar a ortografia, este acordo propicia um eventual impulso a manifestação da identidade cultural brasileira ante o cenário internacional.
 
Concordo que antes da unificação da grafia da Língua Portuguesa entre os países lusófonos, seria mais urgente e importante discutir as questões do âmbito social e político tais como a fome, pobreza e erradicação de doenças, do câncer, da AIDS. Mas os entrelaçamentos das ações sempre envolvem a questões da língua. Concordo também que escrever corretamente é importante, sim; mas um erro de grafia é só um erro de grafia; não destrói a língua e nem impede a compreensão e nem sua leitura quando observada em seu devido contexto. Até porque estamos num mundo onde as pessoas se preocupam cada vez menos com o ser humano e se ocupam cada vez mais com a economia,  com os juros e com um cotidiano familiar de injustiças e arbitrariedades.
 
Não obstante, muito embora gere alguns aborrecimentos, a reforma ortográfica vem realmente unificar e atualizar a língua portuguesa em todas as suas variações, o que é algo de enorme importância. A língua, esse recurso tantas vezes subvalorizado, é algo que de tão corriqueiro em nossas vidas por vezes passa fugaz, mas é a ferramenta mais importante que os seres humanos têm para estabelecer fleumáticos laços de comunicação e extrair o melhor de suas relações.

Professor, articulista e membro do Conselho de Cultura de Corumbá
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55 (67)3331 0553

"Jornalismo é publicar aquilo que alguém não quer que se publique. Todo o resto é publicidade."
George Orwell