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ARTIGO

Senador Moka faz bem à política de MS e ao Congresso

VALLMIR MORAES

Domingo passado, quando terminou a apuração dos votos para a presidência do Senado, confirmando a vitória de Renan Calheiros contra Luiz Henrique, ambos do PMDB, houve quem dissesse, amargurado, que “o Brasil não tem mais jeito”. Cansado de ver as mesmas figuras políticas nos principais cargos da nação, o brasileiro terá, como diria Zagallo, de engolir novamente o velho cacique alagoano, que vinha se revezando com José Sarney no comando da Câmara Alta. Sarney, ao que parece, aposentou-se. Menos um.
 
O senador sul-mato-grossense Waldemir Moka (PMDB), contudo, foi um dos que lamentaram a derrota do seu companheiro senador catarinense. Luiz Henrique era a esperança de parlamentares que pensam como o cidadão, que sabem ouvir o clamor das ruas, as quais rechaçam velhos nomes da política nacional. Não só porque se perpetuam no poder, sustentados por grupos que se alimentam do dinheiro e de cargos públicos, mas porque sempre estão envolvidos em denúncias de corrupção.
 
Moka – que é um dos raros políticos em Mato Grosso do Sul que nunca trocou de partido, fato incomum em se tratamento de Brasil – anunciou publicamente seu apoio a Luiz Henrique. Rompeu a corda. Foi depois de reunião em sua casa, em Brasília, que saiu o adversário de Renan. O sul-mato-grossense arregaçou as mangas e foi atrás de votos para o ex-governador de Santa Catarina. 
 
Mas não deu. Renan foi eleito com o apoio dos outros senadores do Estado: Delcídio do Amaral e Simone Tebet, em seu primeiro voto no parlamento como senadora. Ao menos não houve desmentido. Moka não só fez diferente dos seus colegas do Estado, como têm tido comportamento independente quando vota matérias polêmicas, como ocorreu recentemente na votação das regras do superávit fiscal. É um político que faz bem à política e ao Congresso, em especial.
 
Na vida é assim. E na política há certa semelhança. Quando você acha que tudo está perdido, surgem atos que fazem com que nós, cidadãos, tenhamos fio de esperança de que as coisas possam mudar. Afinal, nos decepcionamos todos os dias com a política e com os políticos. A qualidade de um representante do povo aflora justamente nesses momentos capitais. Parece que alguém tenta acender uma luz no fim do túnel. Mas ainda é pouco. Queremos não só a luz acesa no final, como em toda a sua extensão.

(*) É jornalista e publicitário
exito Neex Brasil - Criação e Desenvolvimento de Sites
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"Jornalismo é publicar aquilo que alguém não quer que se publique. Todo o resto é publicidade."
George Orwell