INTERNACIONAL - Segunda, 23/12/2019
Austrália em chamas: primeiro-ministro pede desculpas por viajar ao Havaí
Reprodução/Internet Incêndios devastam a Austrália; os termômetros chegaram a marcar 46 graus Celsius em Sidney, acompanhados de ventos que chegaram a 80 km/h
Reprodução/Internet Incêndios devastam a Austrália; os termômetros chegaram a marcar 46 graus Celsius em Sidney, acompanhados de ventos que chegaram a 80 km/h
Reprodução/Internet Incêndios devastam a Austrália; os termômetros chegaram a marcar 46 graus Celsius em Sidney, acompanhados de ventos que chegaram a 80 km/h
Reprodução/Internet Incêndios devastam a Austrália; os termômetros chegaram a marcar 46 graus Celsius em Sidney, acompanhados de ventos que chegaram a 80 km/h
O primeiro-ministro da Austrália, Scott Morrison, pediu neste domingo desculpas à população por ter saído de férias em meio a uma das piores ondas de incêndios florestais que atingem o país nos últimos anos. Morisson estava no Havaí com a família e interrompeu a viagem após muitas críticas de opositores e de parte da população, que consideravam que faltava liderança ao país para enfrentar uma tragédia ambiental que provocou quatro mortes nesta semana.
"Entendo a insatisfação das pessoas ao saber que eu estava de férias com a minha família enquanto suas famílias estavam sob grande pressão. Aos australianos que decepcionei, peço desculpas por isso", afirmou Morrison em entrevista coletiva.
O primeiro-ministro conversou com jornalistas depois de visitar o quartel do Serviço Rural do Corpo de Bombeiros de Nova Gales do Sul, em Sidney. O estado é um dos mais afetados pela onda de incêndios.
Morrison reconheceu a relação entre os incêndios e a mudança climática, mas reiterou que não mudará as políticas contra o aquecimento global adotadas pelo governo da Austrália. Para ele, outros elementos, como a seca e até incêndios intencionais, são responsáveis por provocar a atual crise.
"Nosso governo e eu sempre reconhecemos a conexão entre os episódios meteorológicos e os incêndios com impacto da mudança climática global", destacou o líder do Partido Liberal.
O primeiro-ministro prometeu que o governo da Austrália cumprirá o compromisso assumido de reduzir as emissões de gases poluentes em 26% em relação a 2005 até 2030.
"Mas o que não faremos é atuar de forma precipitada ou em pânico. Uma resposta baseada no pânico não ajuda, põe pessoas em perigo", afirmou Morrison na entrevista coletiva.
Condições melhores – Depois de os termômetros marcarem 46 graus Celsius em Sidney, acompanhados de fortes ventos que chegavam até 80 km/h, o Corpo de Bombeiros conta neste domingo com melhores condições para combater as chamas. Hoje, as temperaturas estão na casa dos 30 graus Celsius.
A onda de calor de ontem fez as autoridades locais elevarem o alerta contra incêndios para "condições catastróficas", o maior nível no sistema criado pelo país em 2009.
Na região de Blue Mountains, a 120 quilômetros a oeste de Sidney, dois incêndios se fundiram em um único e podem chegar até Gospers Mountain, local onde uma área equivalente ao território de Porto Rico já foi devastada.
Apesar disso, o comissário do Corpo de Bombeiros de Nova Gales do Sul, Shane Fitzsimmons, disse estar confiante em controlar as chamas com a ajuda da diminuição das temperaturas.
Com informações da Agência EFE