A seleção brasileira abriu o placar aos dois minutos de jogo na final da Copa das Confederações no domingo (30), e dali em diante ditou o ritmo do jogo e colocou na roda a Espanha, atual campeão mundial e europeia. O Brasil fechou o placar em 3 a 0, com dois gols de Fred gols e artilheiro da competição com cinco gols ao lado de Fernando Torres, e um de Neymar, eleito o melhor jogador da Copa.
O esquema tático implantando pelo treinador Luis Felipe Escolari deu uma nova cara a seleção brasileira. Mais ofensiva e priorizando a marcação, os brasileiros pressionaram os espanhóis desde o primeiro minuto de jogo. Com uma partida irrepreensível, os brasileiros com um toque de bola rápido e vertical levava perigo ao gol de Casillas a todo o momento.
O sistema defensivo montado por Felipão é a grande novidade na seleção. Em um time ofensivo, o sistema de zaga, formado por David Luiz, Gustavo e Paulinho mereceu aplausos e elogios, não somente do treinador e comissão técnica, mas também do torcedor que, embora não esteja acostumado a ver a seleção jogar dessa forma, aprovou o novo estilo da seleção.
O torcedor que lotou o novo Maracanã aproximadamente 73 mil pessoas, também fez sua parte na conquista do tetra campeonato, incentivou, aplaudiu e até cantou o Hino Nacional durante a partida, contestou a arbitragem e até gritou o nome de Shakira, noiva de Piqué, quando da expulsão do zagueiro por falta dura em Neymar.
Durante os 45 primeiros minutos o Brasil jogou como a Espanha, com a bola no pé, dando passes curtos e rápidos até aparecer na cara do gol adversário e quando perdia a bola praticava uma marcação fortíssima com todos os jogadores no campo de ataque.
O Brasil voou em campo frente a uma apática Espanha, que nem de longe mostrava ser a primeira no ranking da FIFA e aos 44 minutos mais um golpe no favoritismo dos espanhóis. Oscar recebeu e enfiou uma bola perfeita para Neymar que, de canhota e já na quase na pequena área fuzilou o arqueiro Casillas.
No roteiro da festa, porém, ainda estava previsto outro tipo de emoção. Navas, que havia acabado de entrar, foi calçado por Marcelo dentro da área e a arbitragem, em cima do lance, marcou pênalti. A Espanha, que havia acertado as sete cobranças da disputa com a Itália, não acertou a oitava. Sergio Ramos bateu para fora.