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GERAL - Quinta, 07/09/2023

Desfile de 7 de setembro emociona público

"Isso é civismo, independente de questão ideológica", diz professora

© Joédson Alves/Agência Brasil

Quem escolheu chegar um pouco mais tarde reclamou da limitação de público nas arquibancadas entrar e tiveram que recorrer a algum dos telões espalhados na área externa

A professora Jamile Demenciano, de 37 anos, se emociona ao lembrar do avô e dos desfiles de 7 de setembro que assistiam juntos quando era criança, no interior do Rio de Janeiro. Ela veio do entorno do Distrito Federal, onde mora agora, para o evento na Esplanada dos Ministérios, nesta quinta-feira (7).

A Professora Jamile Demenciano participa do desfile Cívico Militar de 7 de Setembro – Antonio Cruz/Agência Brasil

"Isso é civismo, independentemente de questão ideológica. Meu avô é falecido e estou aqui também por ele. Eu falava pra ele que um dia ia a Brasília ver o desfile, então, pra mim, é emocionante este momento", disse.

Este ano, o slogan da semana é Democracia, soberania e união.

Para Jamile, é um tema necessário. "Fala da paz que a gente busca e soberania do nosso país, porque sabemos que ele é lindo e é de todos os brasileiros", disse.

O clima estava tranquilo nas imediações do desfile e foi possível circular confortavelmente. Mas quem escolheu chegar um pouco mais tarde, por volta das 8h30, reclamou da limitação de público nas arquibancadas. Muitos não conseguiram entrar e tiveram que recorrer a algum dos telões espalhados na área externa.

O motorista José Eustáquio, 73 anos, foi assistir ao desfile paramentado – Renato Ribeiro/Rádio Nacional

Não é o caso de José Eustáquio, motorista de 73 anos, que chegou às 6h da manhã. Morador de Taguatinga, ele estava entre a minoria de pessoas que escolheu vestir a camisa amarela da seleção brasileira de futebol. Muitos, entretanto, agitavam bandeiras do Brasil.

"Fiz questão de vir pra celebrar a democracia. Colocar a camisa verde e amarela, apoiando o governo democrático e popular que elegemos", disse. "Deus acima de qualquer coisa, como eles diziam antes. Mas Brasil acima de tudo, a democracia juntamente com essa grandeza que é esse país e o povo brasileiro tão sofrido", acrescentou.

Educador de Trânsito José Maria participa do desfile Cívico-Militar de 7 de Setembro, em Brasília – Antonio Cruz/Agência Brasil

Já o educador de trânsito José Maria do Nascimento, de 52 anos, não conseguiu acessar as arquibancadas. Ele veio de Fortaleza, como faz todos os anos para o 7 de setembro, e comparou o evento de hoje com o do ano passado.

"O desfile é tradicional, independentemente de política. Ano passado estava aqui, este ano novamente. Senti, ano passado, que o pessoal estava mais agitado, aglomerado; este ano está mais tranquilo. O Brasil tem que voltar a girar, como era antes. De 2020 para cá mudou muita coisa, em relação ao respeito às decisões dos outros. Quando a mulher diz 'não' para um homem, ele tem que aceitar. Quando as urnas deram um 'não', as pessoas têm que respeitar", disse, citando as eleições presidenciais de 2022 que elegeram o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O jardineiro Derisvan Lima da Silva participa do desfile Cívico Militar de 7 de Setembro – Antonio Cruz/Agência Brasil

O jardineiro Derisvan Lima da Silva, de 38 anos, também sempre frequentou os desfiles cívicos na Esplanada, exceto nos últimos quatro anos. Agora, em 2023, ele disse que sentiu seguro novamente e trouxe a filha Lorena, de 4 anos.

 "Me sinto feliz onde estou hoje. Eu me sinto mais seguro hoje, Brasília precisa dessa tranquilidade", disse à Agencia Brasil.

A secretária Ivone Divina Marçal Dias, de 64 anos, também escolheu se vestir de amarelo e lembrou de quando assistia os desfiles com o pai, quando eles ainda aconteciam na Avenida W3, outra via do Plano Piloto.

"Hoje vim de amarelo. Essa cor é de todos nós", disse. "Gosto de tudo, do povo, da alegria das pessoas. Não importa o que você defende, é um dia importante para todos, é a nossa pátria, a nossa liberdade e daqui pra frente só vamos querer o melhor", acrescentou.

Muitas famílias ocuparam o gramado da Esplanada dos Ministérios e puderam ver a tradicional apresentação da Esquadrilha da Fumaça, da Força Aérea Brasileira, que encerra o desfile e é um dos pontos altos do evento cívico. O clima era de entusiasmo com as acrobacias das aeronaves.

Farmacêutica Marcela Souza Machado participa do desfile Cívico-Militar de 7 de Setembro – Antonio Cruz/Agência Brasil

Ao fim do desfile, as filhas da farmacêutica Marcela Souza Machado, de 42 anos, escolheram seus momentos favoritos. Além da Esquadrilha, foram eleitos a torre humana e o desfile de alunos das escolas públicas.

Foi a primeira vez que Marcela esteve no evento e disse que pretende voltar. "Gostei bastante. Agora, vamos caminhar e ver a exposição", disse. Mesmo quem não acompanhou o desfile oficial, teve acesso à exposição de veículos militares, instalada na área externa do evento, no gramado da Esplanada dos Ministérios.

Cerca de 50 mil pessoas compareceram ao evento nesta quinta-feira (7), segundo a Secretaria de Comunicação Social da Presidência. De acordo com Polícia Militar do Distrito Federal, não houve registro de ocorrências.


Com informações da Agência Brasil – Andreia Verdelio
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