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INTERNACIONAL - Quinta, 25/03/2021

Educação: 114 milhões de crianças e adolescentes ainda estão fora da sala de aula na América Latina e no Caribe

Divulgação / Unicef Brasil

O maior número de meninas e meninos sem aulas presenciais do mundo

O fechamento total e parcial de escolas na América Latina e no Caribe deixa atualmente cerca de 114 milhões de estudantes sem aulas presenciais, de acordo com as últimas estimativas do UNICEF. Um ano após o início da pandemia, a América Latina e o Caribe continuam sendo a região do mundo com o maior número de crianças e adolescentes ainda perdendo aulas presenciais. Em média, as meninas e os meninos desta região perderam 158 dias de aulas presenciais.

Até o momento, apenas sete países da América Latina e do Caribe abriram totalmente suas escolas. Em 12 países e territórios, as escolas permanecem totalmente fechadas. No restante da região, as salas de aula estão parcialmente fechadas.

Apesar dos esforços do governo para garantir a continuidade da educação a distância por meio de plataformas virtuais, rádio e TV, as interrupções escolares tiveram um impacto catastrófico no sucesso da aprendizagem, na proteção, na saúde e na saúde mental dos estudantes e em suas perspectivas socioeconômicas no futuro.

“Em nenhum outro lugar do mundo, tantos meninos e meninas estão atualmente sem aulas presenciais”, disse Jean Gough, diretora regional do UNICEF para a América Latina e o Caribe. “Esta é a pior crise educacional que a região da América Latina e do Caribe já enfrentou em sua história moderna. Muitas crianças e muitos adolescentes já perderam um ano de aulas presenciais; agora começaram a perder mais um ano letivo. Cada dia adicional sem aulas presenciais coloca as meninas e os meninos mais vulneráveis em risco de abandono escolar para sempre.”

Quanto mais tempo as crianças e os adolescentes ficam fora da escola, menor é a probabilidade de voltarem. Estima-se que milhões de meninas e meninos na região podem abandonar permanentemente a escola por causa da pandemia. No Brasil, em outubro de 2020, 3,8% das crianças e dos adolescentes de 6 a 17 anos (1,38 milhão) não frequentavam mais a escola – remota ou presencial. Além disso, 11,2% dos estudantes que diziam estar frequentando a escola não haviam recebido nenhuma atividade escolar, e não estavam em férias (4,12 milhões). Assim, estima-se que mais de 5,5 milhões de crianças e adolescentes tiveram seu direito à educação negado em 2020.

Em uma região onde antes da Covid-19 muitos estudantes não alcançavam os níveis básicos de matemática, habilidades de leitura e escrita no ensino fundamental, o impacto da interrupção escolar prolongada no desempenho da aprendizagem será severo e duradouro.

De acordo com um relatório recente do Banco Mundial, 71% dos estudantes da América Latina e do Caribe nos anos finais do ensino fundamental podem não ser capazes de entender um texto de tamanho moderado. Antes da pandemia, o número era de 55%. Essa porcentagem pode subir para 77% se as escolas permanecerem fechadas por mais três meses.

Durante o fechamento das escolas, cerca de 45 milhões de estudantes em 24 países da região foram apoiados pelo UNICEF na oferta de programas a distância e 9 milhões de meninas, meninos, mães, pais e cuidadores primários receberam apoio psicossocial e em saúde mental na comunidade.

“Os programas de ensino a distância devem continuar e ser ampliados para alcançar mais e mais crianças e adolescentes, mas eles nunca serão um substituto para o ensino presencial na sala de aula com um professor ou professora, especialmente para as meninas e os meninos mais vulneráveis. Não estamos pedindo que todas as escolas reabram em todos os lugares ao mesmo tempo; pedimos que as escolas sejam as primeiras a abrir e as últimas a fechar. Vários países da América Latina e do Caribe fizeram grandes avanços na priorização de uma reabertura escolar urgente e gradual; agora é hora de outros seguirem o mesmo caminho em toda a região”, acrescentou Jean Gough.

O UNICEF reconhece os esforços feitos por governos e autoridades educacionais da região que, juntamente com parceiros e contrapartes, continuam a mitigar os riscos inerentes à interrupção da educação e seu impacto nas crianças e nos adolescentes.

Na semana passada, os ministros da Educação da América Central* e da República Dominicana se comprometeram a priorizar a reabertura urgente e gradual das escolas. O UNICEF elogia essa decisão pioneira que agora precisa ser implementada com um senso de urgência e exorta as autoridades educacionais de outras partes da América Latina e do Caribe a seguir na mesma direção.

Dada a necessidade urgente de aumentar a conscientização sobre a importância da reabertura das escolas e o impacto que ela tem nas crianças e nos adolescentes da região, o UNICEF está lançando sua campanha #SchoolsFirstNotLast refletindo o estado das salas de aula na região, milhões de cadeiras vazias esperando pelos estudantes para retomar as aulas e continuar seu processo de aprendizagem.



Com informações do Unicef Brasil
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