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POLÍCIA - Sexta, 19/03/2021

Hacker preso por megavazamento de dados tem 24 anos e vive com a mãe e irmãos em Uberlândia

Divulgação/Polícia Federal

Polícia Federal deflagra operação contra divulgação e comercialização de dados de brasileiros

Um hacker, de 24 anos, foi preso no Bairro Laranjeiras em Uberlândia na manhã dessa sexta-feira (19) durante a Operação 'Deepwater'. Conforme a Polícia Federal (PF), ele é suspeito do maior vazamento de dados do Brasil. A ação ainda cumpriu mais quatro mandados de busca e apreensão em Petrolina (PE).

Na casa dele, a PF apreendeu um computador e um celular. De acordo com a investigação, Marcos Roberto Correia da Silva, conhecido como Vandathegod, é responsável pela divulgação de informações de 223 milhões de brasileiros. O rapaz foi levado para a delegacia para depor.

Invasor conhecido
Vandathegod também já foi alvo de outras operações e invasões. Em 2019, o hacker foi preso na Operação 'Defaced' realizada pela Polícia Civil, como suspeito de ter invadido os sites da Polícia Civil de Minas Gerais, do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), do Tribunal de Justiça de Goiás e do Exército Brasileiro.

Em 2020, o jovem foi alvo de um mandado de busca e apreensão na operação "Exploit", que prendeu em novembro o hacker suspeito de invadir sistemas do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). No mesmo ano, ele foi suspeito de um ataque ao Senado em agosto, após a obtenção de dados e acesso ao e-mail de um servidor público. 

Segundo a denúncia, ao acessar os sistemas internos da casa legislativa, o hacker fez um vídeo "expondo a fragilidade de segurança da rede". A gravação também foi publicada na internet.
A família de Marcos falou sobre a situação à TV Integração.

Vandathegod Marcos Roberto Correia da Silva Operação Deepwater Uberlândia (Foto: Michele Ferreira/G1)

Operação 'Deepwater'
As ordens judiciais desta sexta-feira (19) foram expedidas pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), a pedido da PF. Em 28 de janeiro, a polícia recebeu pedido da Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) para abrir a inquérito sobre o caso. A investigação é realizada pela Diretoria de Inteligência Policial da Polícia Federal.

A suspeita é que autoridades públicas estejam entre os alvos dos criminosos. A PF também apura a participação do hacker conhecido como "JustBR" na divulgação e comercialização dos dados sigilosos.

Família ficou surpresa com nova prisão
A irmã do hacker, que não quis se identificar, falou com a equipe de reportagem da TV Integração sobre a nova prisão de Vandathegod. Segundo ela, o jovem estava em prisão domiciliar e utilizava tornozeleira eletrônica depois de ter sido detido no último ano, por suspeita de invasão ao sistema do TSE. Ela se disse surpresa com a nova ação.

“Como uma pessoa que não tem muito estudo, não é graduado, e era um hacker suspeito de envolvimento [em crimes] em vários países.”

O jovem morava em uma casa simples no Bairro Laranjeiras junto com a mãe, três irmãos e dois sobrinhos. A irmã também contou que Marcos não dava dinheiro à família. “Aqui em casa não tinha [computador]. Ele ia pra lanhouse mexer. Depois ele apareceu com um notebook. Se tivesse dinheiro, eu estaria numa mansão. Acho que hacker ganha bastante dinheiro”, afirmou.

“Depois que ele foi preso [ano passado], usava tornozeleira e ficava trancado no quarto. Minha mãe sempre aconselhava ele a ir trabalhar. Falava pra ele ir trabalhar, entregar currículo, que não era vida ficar no computador. O que minha mãe pode dar de educação, ela deu”, acrescentou.

Investigações da Operação 'Deepwater'
Os investigadores identificaram que, em 2021, dados sigilosos de pessoas físicas e jurídicas foram disponibilizados em um fórum na internet. A página é especializada em troca de informações sobre atividades cibernéticas.

Nesse site, eram apresentadas informações de pessoas físicas e jurídicas, como CPF e CNPJ, nome completo e endereço.

De acordo com a PF, a divulgação de parte dos dados sigilosos foi feita gratuitamente por um usuário do fórum que, ao mesmo tempo, expôs a venda o restante das informações sigilosas — elas poderiam ser adquiridas com criptomoedas.

Após diligências, a Polícia Federal identificou o hacker suspeito de obter, divulgar e comercializar os dados, assim como outro hacker que suspeito de vender os dados por meio de redes sociais próprias.

Invasão ao TSE
Marcos Roberto Correia da Silva, o hacker conhecido como Vandathegod, foi alvo de um mandado de busca e apreensão na Operação "Exploit", que prendeu em novembro de 2020 o hacker suspeito de invadir sistemas do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Ele é investigado por ter participado da invasão que expôs informações administrativas de ex-servidores e ex-ministros do TSE no primeiro turno das eleições municipais de 2020. A Justiça Eleitoral determinou a proibição de contato entre ele e outros hackers investigados na Operação Exploit.


Com informações do G1
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