O segundo dia de protestos pelas ruas de Campo Grande foi marcado por depredação do patrimônio público, enfrentamento entre manifestantes, Guarda Municipal e policiais da Cigcoe (Companhia de Gerenciamento de Crises e Operações Especial).
Diferente do primeiro dia, em que apenas algumas lojas no centro da cidade foram depredadas, hoje (21), houve enfrentamento e policiais e manifestantes ficaram feridos.
O problema começou quando um grupo de aproximadamente 200 pessoas marchou para a sede da Câmara Municipal de Campo Grande e tentaram ocupar o prédio a força. A Guarda Municipal tentou conter os manifestantes usando gás de pimenta e deu início a confusão generalizada. Um guarda municipal ficou ferido ao ser alvejado na cabeça por uma pedra. Diante da impossibilidade e desvantagem numérica a Guarda solicitou o reforço da Tropa de Choque da Polícia Militar.
O Choque usou bombas de gás lacrimogêneo para dispersar a multidão que insistia em se manter no entorno da Casa de Leis e mantinham o enfrentamento com pedras e xingamentos. Durante a operação, jornalistas que trabalhavam na cobertura da manifestação também ficaram feridos.
A PM e a Guarda Municipal prenderam dez manifestantes. Um deles foi ferido por uma bala de borracha e encaminhado para a Santa Casa com suspeita de fratura na perna.
EM ANEXO Como na maioria das cidades onde ocorrem os protestos, em Campo Grande houve momentos de tensão entre manifestantes e policiais. Em defesa do patrimônio público a tropa de choque não distingue joio do trigo. Age no intuito de debelar a multidão e garantir a ordem. Em vários momentos os próprios manifestantes repreendem aqueles mal intencionados evitando dessa forma o confronto. Mas quem vai protestar no intuito de vandalizar deve estar disposto e consciente de que seus atos terão consequências, e por vezes, nada agradáveis.