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POLÍTICA - Sexta, 01/06/2018

Presidente da Petrobras pede demissão

Tânia Rêgo/Agência Brasil

Pedro Parente: "Minha permanência na presidência da Petrobras deixou de ser positiva”

O presidente da Petrobras, Pedro Parente, pediu, nesta sexta-feira (1º), demissão do cargo. O comunicado foi feito em fato relevante divulgado ao mercado. Parente se reuniu com o presidente Michel Temer, no Palácio do Planalto.
 
O comunicado da Petrobras informa que “a nomeação de um CEO interino será examinada pelo Conselho de Administração da Petrobras ao longo do dia de hoje. A composição dos demais membros da diretoria executiva da companhia não sofrerá qualquer alteração”. Parente ficou exatos dois anos a frente da estatal.
 
Em uma carta enviada ao presidente Michel Temer, com quem se reuniu na manhã desta sexta, Parente diz que a greve dos caminhoneiros e "suas graves consequências para a vida do país", desencadearam um debate "intenso e por vezes emocional", sobre as origens da crise.
 
E que a política de preços da Petrobras adotada durante sua gestão foi colocada sob "questionamento". Ele, porém, diz que os "resultados obtidos revelam o acerto do conjunto das medidas que adotamos, que vão muito além da política de preços".
 
A política de preços de combustíveis da Petrobras foi um dos principais alvos dos caminhoneiros durante a paralisação da categoria nos últimos dias. Parente declarou em mais de uma ocasião que não mexeria nos preços e, diante disso, se viu pressionado e sofreu um grande desgaste no comando da estatal.
 
"Tenho refletido muito sobre tudo o que aconteceu. Está claro, sr. presidente, que novas discussões serão necessárias", diz Parente na carta.
 
Queda – O principal índice de ações da bolsa brasileira (B3), o Ibovespa, que chegou a operar acima de 1% nesta manhã, passou a cair nesta sexta-feira (1º), após o pedido de demissão de Pedro Parente da presidência da Petrobras. A baixa é puxada pela forte queda das ações da estatal, que chegou a despencar 21%. As negociações dos papéis da empresa foram interrompidas por cerca de meia hora após o comunicado ao mercado da saída dele.
 
Perto das 13h10, o Ibovespa caía 0,78%, aos 76.157 pontos.
 
Assim que a Petrobras anunciou a saída de Parente, por meio de fato relevante ao mercado, a negociação das ações da companhia foi interrompida, por volta de 11h50. A Bovespa informa que se trata de um protocolo sempre que uma empresa emite um fato relevante ao mercado durante o pregão. As negociações foram retomadas por volta de 12h15.
 
As ações preferenciais da estatal, que dão preferência na distribuição de dividendos, caíam 18,55% por volta de 13h10. Esses papéis chegaram a subir mais de 3% nesta manhã. Já as ações ordinárias, que dão direito de voto em assembleias da empresa, caíam 17,71%, após alcançar alta de cerca de 2% pela manhã.
 
Nos Estados Unidos, os ADRs, recibos de papéis da Petrobras que são negociados na Bolsa de Valores de Nova York, caíam mais de 17% por volta do mesmo horário.
 
A Petrobras perdeu nesta sexta-feira, até por volta de 13h, mais de R$ 55 bilhões em valor de mercado, segundo a Economatica. A estatal agora ocupa o 4º lugar no ranking das empresas com maior valor de mercado, atrás da Ambev, Vale e Itaú Unibanco.
 
Em 8 pregões, a empresa chegou a perder R$ 126 bilhões em valor de mercado.
 
Segundo dados da Economatica, por volta das 13h desta sexta, a companhia estava avaliada em R$ 215,7 bilhões, contra os R$ 388,8 bilhões da máxima do ano, registrada no dia 16 de maio. Ou seja, em 15 dias, a Petrobras encolheu R$ 173 bilhões em valor de mercado.
 
O executivo estava à frente da petroleira e maior estatal brasileira há exatos 2 anos. O pedido de demissão acontece em meio aos desgastes e pressões sofridos por Parente durante a greve dos petroleiros m razão das críticas à política de preços de combustíveis adotadas pela Petrobras na sua gestão.
 
Já as ações da Vale tinham alta de 1,42%. Os bancos Itaú Unibanco e Bradesco subiam, respectivamente, 1,07% e 3,68%. As quatro empresas têm grande peso no Ibovespa.
 
Já as ações da Eletropaulo chegaram a subir 26,63%. O papel ficou em leilão até por volta de 10h20, segundo a Reuters. Na quarta-feira, a italiana Enel fez sua proposta final pela empresa.
 
Cenário local e externo – As atenções estão divididas entre o mercado externo e o noticiário corporativo doméstico, à medida que as empresas começam a calcular os prejuízos após os 11 dias de greve dos caminhoneiros, segundo a Reuters.
 
O movimento ocorre a despeito dos dados do mercado de trabalho americano, que mostraram criação de 223 mil vagas em maio, acima do previsto, e taxa de desemprego de 3,8%, a mais baixa em 18 anos. O evento tem força para tirar o ímpeto da bolsa brasileira porque números mais fortes podem representar a necessidade de alta de juros nos Estados Unidos, o que leva a um enxugamento da liquidez global.

Com informações da Agência Brasil e do G1
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