As pequenas altas registradas na Bolsa de Chicago no início da sessão desta quinta-feira (1), foram breves e o mercado voltou a atuar do lado negativo da tabela. As cotações, por volta de 13h (horário de Brasília), perdiam entre 0,25 e 2,25 pontos, com as baixas mais expressivas sendo registradas pelas posições mais próximas.
O contrato julho/17, que ainda é o mais negociado, valia US$ 9,13 por bushel, enquanto o novembro/17 - referência para a nova safra dos Estados Unidos - valia US$ 9,18.
O mercado segue caminhando de lado e espera, como explicam analistas e consultores de mercado, por novas informações que possam aquecer o andamento das cotações em Chicago.
Os preços continuam lutando contra fundamentos que seguem baixistas como a possibilidade de um aumento de área nos EUA - com a migração do milho - uma grande safra no Brasil e Argentina, bons estoques globais e uma lentidão especulada entre os embarques de soja pela China.
"Indicadores técnicos sugerem que o mercado está sobrevendido e isso poderia, com preços mais baixos, trazer os compradores de volta e promover uma retomada das cotações", diz Paul Georgy, da consultoria Allendale. Nesta quarta (31), os fundos teriam comprado cerca de 5 mil contratos de soja.
As condições de clima no Meio-Oeste americano parecem indicar um cenário mais favorável para o campo nos próximos dias, com temperaturas um pouco mais elevadas e chuvas ocorrendo de forma mais limitada, o que também acaba pesando sobre os preços, com os traders retirando parte dos prêmios climáticos.
"Os dois principais modelos meteorológicos (americano e europeu) divergem quanto às previsões para os próximos oito a dez dias, o que diminui o grau de assertividade e confiança dos mapas. O modelo americano mostra condições mais úmidas e o europeu prevê tempo predominantemente seco", explica o diretor da Labhoro Corretora, Ginaldo Sousa. "No geral, o clima segue favorável às safras, o que é negativo para preços", completa.
No Brasil Enquanto isso, no Brasil, a estabilidade pode ser observada também na relação dólar x real. Às 13h15 (Brasília), a moeda americana tinha uma leve alta de 0,25% e valia R$ 3,244, depois de já ter operado, mais cedo, com leves baixas.
"Há forte resistência (ao dólar) ao redor de 3,20 reais. Com os preços baixos das commodities, indefinição política, o dólar perto desse patamar é barato", afirmou o diretor da consultoria de valores mobiliários Wagner Investimentos, José Faria Júnior à agência de notícias Reuters. "Temos recomendado compra nesse patamar".